Tendência temporal de sífilis congênita e gestacional no estado do Pará, Amazônia Oriental, Brasil, de 2007 a 2020
Palavras-chave:
Sífilis, Sífilis Congênita, Estudos de Séries Temporais, Regionalização da SaúdeResumo
OBJETIVO:
Descrever a tendência temporal de sífilis congênita e gestacional no estado do Pará, em suas 13 Regiões Administrativas e na capital, no período entre 2007 e 2020.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Trata-se de estudo de série temporal, em que se analisou as taxas de incidência de sífilis congênita e as taxas de detecção de sífilis gestacional no Pará, assim como a tendência na capital Belém e nas 13 Regiões Administrativas do estado. Com dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, fornecidos pela Vigilância da Secretaria de Estado da Saúde do Pará, foram elaborados modelos de regressão linear simples e polinomiais para verificar a tendência da ocorrência dos agravos em questão no período analisado.
RESULTADOS:
Houve tendência de crescimento na taxa de detecção de sífilis gestacional no estado do Pará, em Belém e em 10 Regiões Administrativas. Três regiões mostraram crescimento seguido de estabilização em patamares altos no final da série. Para sífilis congênita, houve tendência de crescimento nas taxas de incidência em nove Regiões Administrativas; no estado, notou-se crescimento seguido de estabilização em patamares altos ao fim da série, e, em Belém e em três Regiões Administrativas, foi registrado crescimento seguido de queda a partir de 2017.
CONCLUSÃO:
Ocorreu, nessa região da Amazônia Oriental, majoritariamente, tendência de crescimento de sífilis congênita e gestacional no período estudado, embora algumas regiões mostrem estabilização em patamares altos ou tendência de queda ao final da série.