Padrão espacial e temporal de mortalidade por acidente vascular cerebral no estado do Ceará, Brasil, no período entre 2009 e 2019
Palavras-chave:
Acidente Vascular Cerebral, Mortalidade, EpidemiologiaResumo
OBJETIVO:
Delinear o perfil epidemiológico e a distribuição espacial e temporal dos óbitos por acidente vascular cerebral (AVC) ocorridos no estado do Ceará, Brasil.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Estudo ecológico, no qual foram analisados os óbitos por AVC de 2009 a 2019 entre residentes cearenses, notificados no Sistema de Informação sobre Mortalidade (DATASUS). Realizou-se análise descritiva com estatística univariada, análise espacial, cálculo das taxas de mortalidade e preparação de mapas com o TabWin v4.15, e análise temporal com o Joinpoint Regression Program v4.6.0.0.
RESULTADOS:
Verificou-se 24.552 óbitos, predominando indivíduos pardos, com 60 anos e mais e sem escolaridade. Observou-se tendência estacionária entre 2009 e 2016 (APC: -1,5%; IC95%: -3,5 - 0,7; p = 0,1) e decréscimo significativo entre 2016 e 2019 (APC: -12,0%; IC95%: -20,0 - -3,2; p = 0,0). A taxa de mortalidade média bruta foi 25,42 óbitos por 100.000 habitantes, com tendência linear de decréscimo das mortes ao longo do tempo (R² = 0,7536). As Regiões de Saúde com maiores taxas de mortalidade anual foram a 10ª Região Limoeiro do Norte, 11ª Região Sobral, 15ª Região Crateús, 17ª Região Icó e 18ª Região Iguatu.
CONCLUSÃO:
Constatou-se que, apesar da tendência linear decrescente da taxa de mortalidade, o AVC ainda possui grande predominância, revelando ser uma problemática de saúde pública. Portanto, evidencia-se a necessidade de ações de prevenção, promoção e tratamento da doença no Brasil.